domingo, 23 de maio de 2010

O faz de conta

Estou de volta ao meu próprio tempo. Meu relógio me mostrou que as horas as vezes passam tarde demais. É tarde demais. Pensei que fosse só um sonho um tanto real. Essas coisas impossíveis de acontecer agora fazem parte da minha rotina. O real se confunde com meus pensamentos turvos. Minhas lembranças brincam comigo. Me vendam. Me giram. Me causam náuseas.

Isso é tão bonito. Toda a diversão que isso pode causar. Só depende do que você acredita. Mas, de repente, acredita-se no que nunca acontece. Por querer. Por esperar. Fecha-se os olhos. E se joga no precipício só por acreditar. Podemos voar.

Pessoas viram fadas. Homens príncipes. As bruxas são sempre as mesmas.

Infelizmente. Não há valor nenhum no feliz pra sempre. Ele não passa de metas e objetivos que nunca se alcança. De um céu enrolado envolto por nuvens pesadas. Quem sabe ali, além, alguém me espere com um trono e uma taça. Ali no começo do arco-íris que se formou depois da última chuva, dizem que há um tesouro. Quem encontrá-lo poderá ver o seu feliz pra sempre acontecendo.

Mas meu pêndulo decidiu parar de novo. Acredita?

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